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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Com vocês, Maquine.

A banda se apresenta hoje no palco do Rock Rio Guamá. Marco Tuma, vocalista, responde algumas perguntas sobre o estilo do grupo e o que esperar do show no festival.

RRG: A Maquine é uma banda ‘nova’ no cenário musical paraense, já que surgiu em 2010, mas seus integrantes têm um longo caminho percorrido na área. Vocês diriam que a Maquine sofre alguma influência dos projetos anteriores dos quais vocês participaram? De que modo? Qual vocês definiriam ser a singularidade da banda?

MT: Por certo cada um dos integrantes do Maquine traz consigo a bagagem de trabalhos anteriores, mas o principal é uma certa reflexão, talvez até mais intuitiva que premeditada da nossa parte, quanto a essas vivências, o que acabou permitindo que não tornássemos o Maquine nem um clone de nossos outros projetos, nem um balaio doido em que tentar enfiar na marra os gostos de cada um. Por isso gastamos um período até meio longo preparando as canções antes de pôr o pé na estrada, porque precisávamos descobrir com cuidado essa identidade nova chamada Maquine, descobrir sua relevância, seja criativa ou pessoal, pra que o quer que fôssemos mostrar ao público fosse algo com um sabor de "mais um passo" e naum de estagnação. E na verdade ainda estamos descobrindo o Maquine. É um aprendizado constante.


RRG: Há uma mistura de sonoridades nas músicas da Maquine que vão do jazz ao eletrônico e em uma entrevista, Bruno Rabelo diz que não há também uma preocupação em estabelecer temporalidade para os ritmos – podendo passar do samba dos anos 30 ao eletromelody do século 21. Como vocês notam a receptividade do público ao experimentalismo da Maquine? Vocês acham que os paraenses são ‘tradicionais’ ao escolher suas preferências musicais ou são mais abertos a novos ritmos?

MT: O público ainda está tentando nos situar. A receptividade tem sido muito boa, talvez até mais do que esperávamos, mas ainda somos novos na praça, então as pessoas ainda estão nos sacando, de forma muito interessada é verdade. Mas o fato de entrarmos no line up do Rock In Rio Guamá por exemplo, ou de termos entrado no festival Se Rasgum como primeiro colocado em suas seletivas deste ano, e tudo isso tendo tão pouco tempo fazendo shows, nos dá um sinal de que há um interesse sim pelo nosso trabalho, em certo sentido experimental, o que quer que isso signifique.

RRG: A banda vai estar em dois festivais em menos de um mês. Como tem sido a preparação pra aguentar esse pique? O que vocês prepararam pro público do Rock Rio Guamá?

MT: Esperamos mostrar pela primeira vez para um público grande todo o nosso repertório até agora, o nosso caminho até aqui por assim dizer. No balaio temos sete canções prontas. Acredito que vamos tocar umas seis, e ver se rola um tempinho para a sétima, o que não é certeza. Todos os integrantes do Maquine tocaram em uma época ou outra na UFPA como membros de outras bandas. Lembro de shows que fizemos, cada qual com seus projetos de então, lá pelos idos do anos 90 à beira do rio, ou no próprio Vadião, e foram momentos do cacete. De certa maneira o Maquine começou a fermentar naqueles nossos encontros regados a sons e variados, cada um mandando ver no palco. E vejam só, o mundo girou e cá estamos nós prestes a encarar a beirada novamente, só que juntos. Então, por isso, dá pra afirmar que intensidade é um quesito que não vai faltar no nosso show, e achamos mesmo muito legal que a galera da universidade esteja se movimentando de novo na criação de espaços e eventos culturais que têm por tradição uma relevância emocional enorme pra muita gente.


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